Convidamos Joana D’Ark, 75 anos, um tesouro do grupo de Escrita Matinal, para abrir a editoria “Nossas Histórias” – um espaço para colocar para o mundo um pouco do tanto que a gente vê por aqui. Conheça a história de Joaninha, a criança, que brinca sempre no nosso jardim.
Jo, como você prefere ser chamada?
D. Joana — a professora, senhora
Joaninha — a criança de toda hora
Joana D’Ark – minha mamãe atingindo (com a vara) meu “eu” mais profundo
Joana D’Ark de Souza – para voar, ganhar o mundo
Qual é a sua profissão?
Sem deitar demais na rede: Professora aposentada Sempre de orientar é a sede A profissão está imantada
Me conta um pouco da sua história e como a escrita te encontrou?
De ler sempre gostei Mergulhar no mar de letrinhas Num dia, me aventurei
Passei a produzir a minhas!
Por que você escreve, Jo?
Para que
Nesse traçado
Já finito da vida,
Um dia, possa partir Sem ficar esquecida.
Qual você acredita ser a função da escrita poética ou literária para o mundo e a sociedade?
De fundamental importância
é introduzi-la desde a infância.
É a identidade cultural de um país.
Mostra a história, a conhecença que o povo transmite, que ele faz e diz.
Muitas vezes, desmistifica, cutuca a ferida
Abrindo ou curando a cicatriz.
A liberdade de fazer/ ouvir/ler/ ver
música, dança, teatro, cinema etc.
faz um povo culto e feliz.
O que você diria para quem não escreve porque acha que não consegue, ou porque acredita ser tarde demais?
Você não pensa? Conversa?
Pense, converse usando o lápis e o papel ou o que preferir!
Sua escrita vai sair!
Nunca será tarde.
Aliás, NUNCA e TARDE
não existem.
Existe o coração que quer e o sangue que arde!
Seu sangue arde?
Jo, como você gostaria de ser vista e lembrada?
Gente
Como “as gentes”
Simples, honesta, decente.
O Escrita Matinal é um grupo online de escrita criativa criado por Liana Ferraz.
